A
década de sessenta, fora de fato única, expressiva e marcante
perante o prolongar da história deste amado país, seja em suas
saudosas e triunfantes conquistas ou infelizmente, pela turbulência
destrutiva de sua lastimável fraqueza.
Em
1960, Brasília tornava-se a capital dos quatro cantos deste Brasil,
em seguida a TV evoluía com fortes avanços em efeitos, sons e
imagens, a música recebia a MPB e seus memoráveis festivais
televisivos, trazendo a participação de desconhecidos e novos
ilustres, tais como Chico Buarque, Edu Lobo, Elis Regina e o nosso
guerreiro mineiro, Milton Nascimento. Já em 68, o movimento
artístico ganhava o MASP (Museu de Arte de São Paulo), o
Tropicalismo dava seu início cultural através de Caetano Veloso,
Gilberto Gil, Tom Zé e outros grandes memoráveis.
Porém,
o que jamais será esquecido fora realmente aquele sombroso e triste
31 de março de 1964, onde um golpe militar nocauteava ao extremo as
forças da recém nascida democracia brasileira. Dava-se então o
surgimento de um dos períodos mais sangrentos e obscuros de nossos
feitos modernos, a Ditadura Militar. Cavaleiros da escuridão
cavalgavam rumo ao encontro de quaisquer ideias que contraria-se a
vontade do sistema, batalhando contra os manifestantes onde que por
muitas vezes, foram presos, torturados e até mesmo apagados em meio
as lágrimas do amargo esquecimento.
Também,
não há de se esquecer, do Ato institucional n°5 (AI-5), que
consolidou de vez um poder absoluto ao regime, com o incrível feito
de censurar, destruir, expulsar, fechar e excluir tudo aquilo que
caminhava contra a moral de sua temível estrutura.
Por
Altieres Fonseca (26/11/2010)
Altieres... mais uma narrativa que tu conduzistes brilhantemente!!! Adorei!!! Parabéns!!!!
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