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domingo, 18 de setembro de 2011

32. Recordando o Som Imaginário – Ato I. “ A atração dos opostos ”


As noites cariocas do final da década de 60, encontravam-se cobertas de refinada musicalidade, a Bossa Nova encantava os boêmios minutos de suas horas noturnas, era a época dos trios de Jazz, que proporcionavam sofisticação e entretenimento aos muitos ouvintes. Foi justamente nessa época, em que o pianista três-pontano Wagner Tiso, conheceu o contrabaixista “Luiz Alves” e o baterista “Robertinho Silva”, todos os dois oriundos da cidade do Rio de Janeiro. Estava assim formado o embrião do futuro Som Imaginário, que além de apresentarem nas casas noturnas, também auxiliavam a iniciante carreira de Milton Nascimento.

No decorrer de 1968, muitos músicos migravam para as terras cariocas em busca dos sonhos e da vivência profissional da musica, precisamente nessa leva em que “Tavito”, ou Luis Otávio de Melo Carvalho, deixava sua Belo Horizonte para estacar moradia na cidade maravilhosa. O encontro com o amigo Bituca proporcionou unir os caminhos deste mineiro com o recém formado trio de Wagner Tiso, com ele também vieram os cariocas José Rodrigues Trindade, ou mesmo “Zé Rodrix”, e o excêntrico guitarrista Frederico Mendonça de Oliveira, popularmente conhecido como “Fredera”.

O encontro dos opostos alimentava a magistral harmônia destes bravos músicos, o sinfonismo de Wagner Tiso, o Jazz e a Bossa Nova de Robertinho Silva e Luiz Alves, a versatilidade regional de Tavito e Zé Rodrix, e a explosão psicodélica de Fredera, estas junções expandiram de vez as linhas imaginárias desta bendita arte batizada de música, aqui estava a transformação, aqui estava o “Som Imaginário”.

Por Altieres Fonseca (18/09/2011)

Um comentário:

  1. Fredera continua da mesma forma, aqui na pequena Alfenas! Vez ou outra Wagner Tiso aqui está para matar as saudades! Enfim, tem como não se encantar com MG? Tropeça-se em música e poesia! Celeiro de conservatórios! De sons...de luz! Ah...como amo!

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