As
noites cariocas do final da década de 60, encontravam-se cobertas de
refinada musicalidade, a Bossa Nova encantava os boêmios minutos de
suas horas noturnas, era a época dos trios de Jazz, que
proporcionavam sofisticação e entretenimento aos muitos ouvintes.
Foi justamente nessa época, em que o pianista três-pontano Wagner
Tiso, conheceu o contrabaixista “Luiz Alves” e o baterista
“Robertinho Silva”, todos os dois oriundos da cidade do Rio de
Janeiro. Estava assim formado o embrião do futuro Som Imaginário,
que além de apresentarem nas casas noturnas, também auxiliavam a
iniciante carreira de Milton Nascimento.
No
decorrer de 1968, muitos músicos migravam para as terras cariocas em
busca dos sonhos e da vivência profissional da musica, precisamente
nessa leva em que “Tavito”, ou Luis Otávio de Melo Carvalho,
deixava sua Belo Horizonte para estacar moradia na cidade
maravilhosa. O encontro com o amigo Bituca proporcionou unir os
caminhos deste mineiro com o recém formado trio de Wagner Tiso, com
ele também vieram os cariocas José Rodrigues Trindade, ou mesmo “Zé
Rodrix”, e o excêntrico guitarrista Frederico Mendonça de
Oliveira, popularmente conhecido como “Fredera”.
O
encontro dos opostos alimentava a magistral harmônia destes bravos
músicos, o sinfonismo de Wagner Tiso, o Jazz e a Bossa Nova de
Robertinho Silva e Luiz Alves, a versatilidade regional de Tavito e
Zé Rodrix, e a explosão psicodélica de Fredera, estas junções
expandiram de vez as linhas imaginárias desta bendita arte batizada
de música, aqui estava a transformação, aqui estava o “Som
Imaginário”.
Por
Altieres Fonseca (18/09/2011)
Fredera continua da mesma forma, aqui na pequena Alfenas! Vez ou outra Wagner Tiso aqui está para matar as saudades! Enfim, tem como não se encantar com MG? Tropeça-se em música e poesia! Celeiro de conservatórios! De sons...de luz! Ah...como amo!
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