Ao conhecer a família Borges, por
intermédio de Marilton, o irmão mais velho dentre os onze,
tornaram-se desde então, frequentadores assíduos de sua residência,
a música era vivenciada de forma intensa a cada novo ensaio e aos
muitos goles de batidas de limão. O ambiente onde o som rolava era
batizado de “o quarto dos homens”, nada mais do que um cômodo do
apartamento onde os homens da casa estabeleciam.
Bituca, que já tocava contra-baixo em
um trio de Jazz nas noites Belo Horizontinas juntamente com seu
conterrâneo e irmão pianista, também passou a integrar o
Evolussamba, grupo de Marilton e através da convivência com este
que também conhecem seus outros irmãos, dentre eles Marcio, um
jovem cultivador de bons pensamentos, amante da arte cinematográfica
e de primorosas palavras, Salomão, ou Lô, um ainda adolescente que
juntamente com Yé, apreciavam atenciosamente a reunião dos mais
velhos no quarto de ensaios.
Com extrema facilidade em criar
arranjos para obras de outros compositores, ainda não passava pela
cabeça de Milton o almejo de realizar suas próprias composições,
até onde certa vez, um estranho o chama a atenção, destacando em
sua visão a prisão desta temível insegurança, que a princípio
gera uma negação na vontade de compor, mas após o contato com
Marcio, um precioso feito iria mudar de vez a visão deste então
quieto mineiro.
Por Altieres Fonseca (07/12/2010)
E viva Milton Nascimento!!! Cada etapa da vida dele narrada por ti é muito farta em detalhes, em peculiaridades, realmente é muito enriquecedor ler e apreciar seus textos Altieres!!!!Meus parabéns duplamente mio caro.. já te disse isso hj é claro, mas deixo registrado aqui tb.. primeiro pelo dia especial de seu aniversário e segundo por mais um excelente texto!!!!
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