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terça-feira, 6 de março de 2012

37. Quando a sorte te solta um cisne na noite – Parte 2

O verdadeiro heroísmo está em transformar os desejos em realidades, e as ideias em feitos. ” (Alfonso Rodríguez Castelao)

Entre os anos de 1978 e 1979, Marco Antônio Araújo se estende ao trabalho independente, e logo no início da década de 1980, ao lado do grupo Mantra, lança seu primeiro trabalho solo, nomeado de “Influências”. O disco trazia consigo uma diferenciada e marcante sonoridade , baseada na junção do rock progressivo, o popular, o erudito e a música de Minas Gerais, características essas que seriam prevalecidas em todo decorrer sua carreira.

Após boa recepção de sua obra inicial, e já em 1982, chegava então as lojas o seu segundo disco, o excelente “Quando a sorte te solta um cisne na noite”, aqui o artista mostrava toda sua capacidade criativa, acrescentado de fabulosos arranjos de guitarras, violões, flautas e violoncelo, que transitavam entre o barroco mineiro até às folclóricas canções de roda, podendo aqui destacar a empolgante “Alegria”, a surpreendente “Pop Music”, a dramática “Floydiana” e a fascinante “Quando a sorte te solta um cisne na noite”.

O Trabalho não parava e em 1983, com uma outra equipe de músicos, lança seu 3° LP, o sofisticado erudito “Entre um silêncio e outro”. Agora em 1984, e novamente com a presença dos amigos do grupo Mantra, é chegada a hora de “Lucas”, sua última obra fonográfica, um registro predominantemente voltado ao violão, sendo necessário lembrar canções como “Lembranças”, “Caipira” e “Para Jimmy Page”, uma homenagem ao importante músico inglês James Patrick Page, guitarrista do Led Zeppelin.

É chegado o ano de 1986, e com ele uma triste notícia, após 5 dias internado na UTI de Belo Horizonte, Marco Antônio Araújo falece em decorrência de um aneurisma cerebral. Era o precoce fim de uma promissora carreira, porém, jamais esqueceremos de seu precioso valor, um homem que amava o que fazia, com brilhantismo e perseverança, em desejos, ideais e determinação.

Por Altieres Fonseca (06/03/2012)

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