16. Sinos, montanhas e ventos

Muitos feitos ainda estavam para acordar após a histórica participação de Bituca no 2° Festival Internacional da Canção, é notável destacar que, não somente a multidão encantou-se com o brilho daquele simples homem, mas também a história, que viu surgir neste momento uma nova manifestação cultural, que até então mantinha-se adormecida junto ao ouro e ao passado das Minas.

Vários dentre os mais apurados ouvidos buscavam compreender os mistérios daquela voz que emergia dos rios, badalava junto aos sinos, ecoava entre as montanhas e navegava junto ao assovio dos ventos. Palavras de amor repousavam em melodias complexas, assim como a riqueza poética que fantasiava a interpretação real do mais puro sentimento.

Nada seria como antes, pois as porteiras dos campos selvagens davam passagens aos trovadores da Esquina, a perseverança e a amizades guiava-os, seja em caminhos de luz ou penumbra escuridão, estava iniciada a saga da liberdade mineira.

Por Altieres Fonseca (27/03/2011)