Em um ensolarado e caloroso dia,
Marcio Borges que depois de ter presenciado e sido encantado pela
estreia do filme “Jules et Jim” em Belo Horizonte, decide então
apresentar tal deslumbrante feito ao seu amigo Bituca, a emoção
refletida por Marcio era de farta preciosidade, mas que ainda para
Milton não passava de apenas mais um filme.
Jules et Jim, fora uma produção
francesa, oriundo do ano de 1962 e dirigido pelo diretor Francois
Truffaut, tal obra retratava o poder da amizade entre dois homens e a
paixão destes pela mesma mulher. Baseado em um livro, Truffaut
pretendia respeitar em primeiro plano a sua respectiva narração
literária, do inicio ao fim de sua filmagem. Estrelado por Jeanne
Moreau (Catherine), Oskar Werner (Jules) e Henri Serre (Jim), este
chegava ao Brasil ainda na primeira metade da década de 60 e sobre o
mesmo título de origem.
Após partirem então para o Cine
Tupi, presenciaram ali, valores tão expressivos que ultrapassavam a
escuridão da sala e a luz daquela tela de cinema, o sentido e o
valor da amizade ganhava um outro sabor para aqueles jovens e depois
de 3 longas sessões em único dia, surgem para eles o que para
alguns é conhecido como “inspiração”.
Tal Inspiração movia o coração
destes rapidamente para o quarto de ensaios, ou “o quarto dos
homens “, agora Milton Nascimento libertava-se da prisão da
insegurança e junto as poesias e vontade de Marcio Borges,
compuseram as primeiras canções da Esquina, sendo elas, Canção do
Sal, Maria, minha fé e Morro Velho.
Por Altieres Fonseca (26/12/2010)
Inpirações que fizeram músicas belíssimas, marcantes e memoráveis no histórico da música brasileira!!!!
ResponderExcluirAdorei Altieres!!!! Mais um texto estupendo!!!
Jules et Jim foi um dos melhores e mais significativos filmes da escola francesa, Nouvelle Vague. As entrelinhas contidas nesse grande filme de François Truffaut, foram realmente muito inspiradoras para quem tivesse esse canal de percepção aberto. Caso de Borges e Milton, por exemplo.
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