Os gritos de dor prolongavam-se nas
selvas do silêncio, helicópteros americanos proliferavam o agente
laranja em meio as terras vietnamitas, milhares de inocentes tinham
seus corpos mutilados em decorrência das bombas de napalm e das
rajadas de metralhadoras, que ali tornavam-se instrumentos da
apocalíptica sinfonia da destruição. O monstro suicida criado pela
ganância humana engolia de forma estúpida o seu próprio criador.
Enquanto
a escuridão assombrava o sudeste asiático, milhares de pessoas
dentre as mais diferentes localidades do país migravam para os
campos rurais de Bethel, no nordeste dos Estados Unidos, em busca de
paz, música e principalmente, respostas mediante os conflitos
sociais e políticos que imperavam sobre seu tempo.
É importante observar que, diversos
fatos ilustraram os ares deste raro acontecimento, além das
apresentações musicais, podemos ressaltar a propagação da
filosofia Indu juntamente com meditações e aulas de ioga, o
encontro de diversas comunidades do movimento hippie, que ilustravam
de forma colorida o semeio do amor e as raízes da contracultura, e
não menos expressivo, dos diversos ácidos lisérgicos que
intoxicavam as cabeças dos jovens, proporcionando-lhes viagens em
caminhos de delírio e por muitas vezes sem volta.
Chuva, lama, fome, compartilha e
união, estes foram alguns dos ingredientes que fizeram deste
encontro uma das maiores manifestações pacíficas de toda a
história, e como diriam alguns poetas que estiveram por lá:
...
Assim que chegamos em Woodstock
tínhamos
a força de meio milhão
e
em todo lugar haviam canções e celebração.
E
eu sonhei que via os bombardeiros
disparando
escopetas no céu
e
eles se tornavam borboletas
sobre
nossa nação.
(Crosby,
Stills, Nash & Young)
Por
Altieres Fonseca (16/07/2011)
...Iluminado...você é iluminado!
ResponderExcluirUm grito, uma ode à paz...Sob a batuta do mestre Country Joe MacDonald, cantamos : One, two, three...ban the Vietnan...
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