Em
meio ao beco escuro das ruas de pedra, mensageiros da luz caminhavam
ao clarão da noite, tambores e cantorias manifestavam a alegria de
um povo, e mesmo em tempos de sombras, a esperança era maior que o
pesadelo.
O
assovio do vento perseverava junto aos passos de Bituca, e no
decorrer de 1969, chegava aos ouvidos desta terra o seu mais novo
disco, “Milton Nascimento”. Sendo este gravado após sua
passagem pelos Estados Unidos, o terceiro álbum de sua magistral
discografia, e o segundo feito no Brasil.
Diversos
foram os temperos utilizados na composição desta obra, iniciando-se
pela carência técnica de sua gravação, ao passar pela riqueza
poética de suas letras, harmonias e melodias. Desta vez, Milton
vinha acompanhado por uma gama celeste de primorosos músicos, além
da presença dos bravos poetas, Fernando Brant, Ronaldo Bastos e
Marcio Borges.
Concebido nos estúdios “EMI – Odeon”, no Rio de Janeiro, com a produção de Milton Miranda, suas músicas possuem pinceladas cercadas de sinfonismo e orquestrações, coros acompanhados de belíssimos arranjos vocais, podendo assim destacar a fascinante “Pai Grande”, também não podemos esquecer das melancólicas “Sentinela”, “Beco do Mota”, e a dramática “Sunset Marquis 333 Los Angeles”. O senso crítico dava sua presença em “Aqui, oh!“, de autoria de Brant e Toninho Horta. É necessário frisar que, em meio aos grandes detalhes abordados em sua fina mistura, jamais poderíamos esquecer que aqui, inaugurava uma das mais frutíferas parcerias da música brasileira, entre Milton Nascimento e o fantástico Som Imaginário.
Concebido nos estúdios “EMI – Odeon”, no Rio de Janeiro, com a produção de Milton Miranda, suas músicas possuem pinceladas cercadas de sinfonismo e orquestrações, coros acompanhados de belíssimos arranjos vocais, podendo assim destacar a fascinante “Pai Grande”, também não podemos esquecer das melancólicas “Sentinela”, “Beco do Mota”, e a dramática “Sunset Marquis 333 Los Angeles”. O senso crítico dava sua presença em “Aqui, oh!“, de autoria de Brant e Toninho Horta. É necessário frisar que, em meio aos grandes detalhes abordados em sua fina mistura, jamais poderíamos esquecer que aqui, inaugurava uma das mais frutíferas parcerias da música brasileira, entre Milton Nascimento e o fantástico Som Imaginário.
Por
Altieres Fonseca (29/08/2011)
Uma das mais belas vozes de Minas Gerais regada de uma bravura descomunal em produzir na era sórdida da Ditadura Militar: Milton Nascimento. Fosse arriscado, porém não há maior lirismo e poesia que aquela obra produzida no auge da dor. Tudo se torna mais vivo e quente! Texto de uma delicadeza e carinho incombatíveis, meu caro amigo! Prazer "ler" você, sempre!
ResponderExcluirAltieres sempre escrevendo com paixão.To lendo sempre aqui o blog e está Perfeito!
ResponderExcluirMilton Nascimento descreve em suas canções a natureza e os sentimentos como s angústia, alegria e o amor de uma maneira tão bela e marcante... e ainda as interpreta com seu timbre vocal único e maravilhoso, realmente ele fez de seu trabalho um dos mais impressionantes e admiráveis da MPB até os dias de hoje, um super intérprete e compositor, com certeza um grande orgulho para todos nós o povo brasileiro!!!!
ResponderExcluirAltieres... parabéns por mais uma narrativa impecável, sua excelência na escrita, como sempre, é primorosa!!!! Adorei!!!!
Parabéns Altieres muito bom o post!!!
ResponderExcluirEste Disco do Milton é espetacular eu também gosto da interpretação dele na canção "Tarde" que realmente toca em nossas almas !!!
Tenho uma grande admiração por este "Gênio" da música mineira!!!